Todas as organizações investem em firewalls, encriptação e softwares antivírus. E se lhe dissesse que 68% das falhas acontecem devido a um erro humano? (Verizon 2023 Data Breach Investigations Report).
Isto significa que as suas maiores vulnerabilidade não estão num pedaço de código – são os seus colaboradores.

A boa notícia? Ao passar de um modelo de segurança baseado em regras para uma cultura centrada nas pessoas pode transformar a sua equipa na linha de defesa mais forte.
Construir uma “Firewall Humana” que Funciona
1. A Segurança Começa no Topo
Se a liderança não levar a cibersegurança a sério, ninguém mais o fará. A segurança não é apenas um problema de TI – é uma prioridade empresarial. Os executivos e gerentes devem:
✅ Dar o exemplo (por exemplo, usando MFA e denunciando tentativas de phishing)
✅ Falar sobre segurança nas conversas diárias de trabalho
✅ Tornar a segurança cibernética um tópico regular da sala de reuniões, não apenas uma discussão de TI
✅ Alocar um orçamento visível para iniciativas de segurança para demonstrar compromisso
2. Faz da Formação Algo Cativante (E Não Apenas Uma Formalidade)
Complemente a formação de conformidade tradicional com abordagens cativantes. Considere as seguintes práticas:
✅ Use simulações de phishing na vida real
✅ Incorpore desafios de segurança gamificados
✅ Forneça módulos de microaprendizagem – lições curtas e interativas que se encaixem em agendas ocupadas
✅ Crie oportunidades de aprendizagem entre colegas, onde os membros da equipe partilham histórias e as lições aprendidas sobre segurança
✅ Guarde os vídeos e formações de conformidade – estes materiais são perfeitos para novos colaboradores ou para refrescar conhecimentos
Quando a formação é relevante e envolvente, os colaboradores retêm efetivamente a informação e aplicam-na.
Na Crossjoin Solutions, temos uma tradição de partilha de conhecimentos. Não nos limitamos a falar da cultura de segurança – vivemo-la.
O nosso Grupo de Interesse Especial em Segurança reúne semanalmente especialistas para discutir ameaças e soluções emergentes. Promovemos a partilha de conhecimentos através de sessões “Brownbag” dedicadas e aumentamos o envolvimento usando questionários rápidos que reforçam conceitos-chave durante sessões de sensibilização.
Através da nossa Plataforma Academy, temos lançado módulos de microaprendizagem de pequena dimensão que abrangem a cibersegurança e outros tópicos cruciais, como a conformidade anti-corrupção. Criámos também um canal de denúncia seguro, onde os colaboradores podem denunciar confidencialmente violações do Código de Conduta ou preocupações de segurança sem receio de repercussões.
Para além dos métodos tradicionais, experimentamos usar abordagens criativas, como a nossa popular série de vídeos “Mês da Cibersegurança” e cartazes interactivos estrategicamente colocados que transformam decorações de parede passivas em ferramentas de aprendizagem cativantes. Colocando materiais de segurança em locais inesperados e adicionando elementos de gamificação, garantimos que a segurança é mantida em mente durante todo o dia de trabalho.
3. Faça do Comportamento Seguro a Escolha Fácil
As pessoas tomam atalhos quando a segurança é inconveniente. Afinal de contas, são humanas. Se quiser que os seus colaboradores sigam as práticas recomendadas, remova o atrito:
✅ Disponibilize um gestor de palavras-passe para que não precisem de se lembrar de senhas complexas
✅ Implemente políticas de MFA que equilibrem a segurança com o fluxo de trabalho – frequente o suficiente para ser eficaz, mas programado para minimizar a interrupção
✅ Implemente proteção just-in-time contra phishing que intervém no momento do clique – fornecendo avisos em tempo real quando os utilizadores estão prestes a interagir com links suspeitos
✅ Implemente soluções de logon único (SSO) para reduzir o cansaço e abuso das mesmas palavras-passe, mantendo a segurança

4. Encoraje a denúncia, não o medo
Se clicar num link dúbio for sinónimo de retaliação, os colaboradores vão esconder os seus erros – isto é um risco maior do que o próprio ataque. Em vez disso:
✅ Fomente uma cultura de não culpabilização, em que os colaboradores se sintam seguros para reportar incidentes de segurança
✅ Crie processos de denúncia rápidos e simples (por exemplo, denúncia de phishing com um só clique)
✅ Reforce que a deteção precoce é fundamental – mesmo que um erro tenha sido cometido
✅ Envie mensagens personalizadas de agradecimento aos colaboradores que reportam preocupações de segurança – reconheça sua contribuição específica para a proteção da organização
5. Meça e melhore continuamente
O que é medido é gerido. Monitorize:
📊 Taxas de participação em formações de segurança
📊 Métricas de resiliência de phishing: acompanhe as taxas de resposta de simulação (cliques vs. relatos), identifique padrões de vulnerabilidade repetidos e meça os eventos não relatados para direcionar eficazmente as formações
📊 Tendências de denúncia de incidentes
📊 Tempo de correção para problemas de segurança levantados pelos colaboradores
Utilize estas observações para aperfeiçoar a sua abordagem. As ameaças cibernéticas evoluem – a sua cultura de segurança também deve evoluir.
Reflexão Final: As Pessoas São a Melhor Defesa
A segurança não é apenas uma responsabilidade de TI – é um trabalho de todos. Com a cultura certa, os seus colaboradores podem ser a sua linha de defesa mais forte contra as ciberameaças.
O que é que a sua organização está a fazer para criar uma cultura de cibersegurança centrada nas pessoas?

Comentários Recentes